segunda-feira, junho 30

gostei de vos ver aqui

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Eu sou daquele tipo de pessoa que raramente adiciona alguém à sua lista de contactos. Não estou a ver chegar o dia em que se irá esgotar o “cartão de memória”.

Algumas pessoas ainda têm uma certa desconfiança da Internet, ou porque se sentem perdidas no seu desconhecimento tecnológico ou porque simplesmente não querem partilhar o seu saber. Em tempos desconfiei dos contactos por esta via, mas já não sou desses. Nos instantes pedaços de tempo que roubo à frente de um monitor, busco por algum conhecimento. Basta que me surja um assunto duvidoso para que rapidamente o resolva com apenas alguns comandos básicos e com o auxílio de algumas ferramentas tecnológicas. Agora, sem elas, não passo de um mero ser humano.

Criei este “blogue”, este gabinete virtual que me deixa à deriva em mares de palavras e imagens. Colou-se a mim, entranhou-se profundamente. Por aqui velhos amigos me encontraram, esquecido. Outras pessoas surgiram e esperaram, em silêncio. Leram, viram, escutaram e escreveram palavras agradáveis. Pessoas que não constavam da minha lista de contactos.

“Ah… eu gosto é de conhecer pessoas reais, de carne e osso, não assim!”

Pois pensava! Para mim, conversar com uma pessoa pela Internet não seria tão verdadeiro como estar com ela frente-a-frente. Se não podemos ver a pessoa, perceber as suas reacções, ver as reacções e reagir, seria isso uma conversa verdadeira? Sim, pode ser que sim mas no contacto telefónico é diferente, sempre se percebem algumas reacções.

Aprender a comunicar é aprender as regras da comunicação, os caminhos que o meio nos permite para conseguir manter um diálogo, expressivo ou não. Nos vários tipos de conversação virtual escrita, passa-se a conhecer alguém, desconhecendo. A conversa só pode ser conversa se a troca de palavras for sincera. No frente-a-frente somos condicionados por factores visuais, enquanto pela Internet podemos imaginar, supor e avaliar aquilo que lemos e vamos escrever. É nesse ponto que a conversa ou é sincera ou não é conversa. Há um limiar entre pensar o que se vai escrever e falar, ou rir. Olhar simplesmente. Assim como, quando ficamos envergonhados e não conseguimos esconder o corar do nosso rosto, o desviar do olhar ou demais expressões desse sentimento, na conversa virtual podemos colocar o nosso estado emocional em palavras, ou com as “carinhas” .

Este Sábado encontrei pessoas, nomes. Amigos de tantas e curtas conversas digitadas num teclado qualquer. Enviadas por um simples clique, um “Enter” que faz a ponte entre a reflexão e a importância.

Pessoas verdadeiras, lindas, como outras fantásticas que ainda não vi.


14 comentários:

Ka disse...

lá, ó faxabôre... :P

Excelente o nosso cumbibio principalmente por ficar a saber que tenho tão boa vizinhança (ok já tinha fortes suspeitas mas pronto... :P ). Foi só pena não ter estado mais tempo convosco.

Beijinho para ti e para a Carla :)

maria inês disse...

Bom dia, alegria

Foi pouco o tempo, muito pouco! tenho que voltar, bem rapidinho! Um beijo grande para vocês

Olá!! disse...

É o substrato que se tira da net, vale a pena, se vale.
Adorei
Beijo grande para ti e para a Carla

Patti disse...

Oh Paulo, só uma pessoa como tu, para escrever um post tão calmo e tão sentido, acerca de um jantar tão animado e efusivo.
Bonito, mesmo.

Tive muita pena de não ter ido para conhecê-los pessoalmente.
Haverá mais oportunidades, concerteza.

E que lista de links tão preenchida.....
Boa!

Paulo Tomás Neves disse...

Cárómónimo :-)
A escreveres assim a gente (que vem tarde ao blogocoiso) fica sem puder escrever coisa alguma.
Foi muito bom conhecer-te, esqueci-me foi, no meio daquela conversa sobre o vídeo e as tirinhas e os browsers, de te perguntar se não terias o vídeo no original sem as tirinhas :-P mas fica para outro dia. Isto de ter apenas a vci a separar-nos ainda vai dar muita cumbérsa :-)
Um abraço e boa semana

Filipa Sousa disse...

Concordo com todas as letrinhas que escreveste.

Uma surpresa muito agradável, pessoas muito, bonitas, simpaticas e muito bem dispostas.

Bjinhos para todos.

paulofski disse...

Olá bezinha Ka :P Este mundo é mesmo muito pequenino. Haverão novos cumbibios e mais demorados. Bjs.

Inês, foi pouco não foi? E a Carla não para de sorrir.
Bjs.

Olá és fantástica, obrigado por seres quem és. Bjs.

Foi para ser diferente Patti (risos). E a lista ainda não está completa. Bjs.

Ó Paulo, pegaste-me bem com aquela cumbérsa :P Esse video é mesmo assim, nada a fazer e como este mundo cabe numa algibeira, vê lá bem que também somos vizinhos!
Abraço.

Olá Filipa. Mas é isso mesmo o que se quer, alegria e boa disposição
Bjs.

LeniB disse...

Tive mesmo muita pena de não ter ido, mas mãe é mãe!!!
Tenho a certeza que surgirá uma outra oportunidade em breve para conhecer todas essa pessoas simpáticas, tu inclusivé!
bjs e boa semana
(toma lá um boneco.... :)))))))

Gi disse...

Ainda bem que a blogosfera tem desta coisas!
Ainda bem que muitas vezes de fera não tem nada.

Gata Verde disse...

Foi uma noite diferente sem dúvida...se alguém me dissesse à alguns meses que eu iria a um jantar de bloguer's diria:"deves ser louco". Agora cá estou eu a gostar imenso de encontrar algumas pessoas bastante agradáveis.

Vocês fazem parte desse grupo...beijocas.

Safira disse...

Uma visita de fugida para agradecer a hospitalidade do Nuorte, carago! ;)
Sobre o teu post: O meu caso é diferente pois fui ao 'cumbibio' de penetra, quase sem conhecer sequer os blogues da malta. Mas o processo também funciona inversamente: se quem se vai lendo tem curiosidade de se conhecer ao vivo, eu agora fiquei curiosa de ir lendo o que escrevem as caras que conheci. Agora aturem-me! ;)
Beijinhos

KNOPPIX disse...

E eu que não soube de nada :(

Fica para a próxima, combinado?

Abração

paulofski disse...

E com aviso de recepção, combinado Knopp.

Abraço

Vera disse...

Amei este texto. O que dizes sobre as conversas online é precisamente o que eu sinto. Às vezes quando estamos frente a frente é mais complicado deixar que as palavras fluam...comigo é assim! Quando me sento aqui, com as teclas debaixo dos dedos, tudo sai naturalmente, acompanhado ou não por bonequinhos, mas muito sentido e muito verdadeiro. Porque não há expressões à minha frente que me intimidem há muita sinceridade no que escrevo.
Gosto de vir até aqui :-)
Vera