terça-feira, dezembro 29

que virtualidade tão real

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Excluindo o trânsito caótico, a hora de ponta no estacionamento do centro comercial e a confusão de gente que há à 2ª feira, uma ida ao cinema pode também ser um bom programa de inverno. Assim eu e o meu jovem herdeiro lá nos aventuramos ao encontro de amigos e de óculos na mão fomos assistir à megaprodução do momento, Avatar. Não se preocupem que tentarei revelar o menos possível, se isso me for possível!!!

James Cameron, o realizador de "Terminator", "The Abiss", "Aliens", "True Lies" e "Titanic", transporta-nos para um hipotético futuro de mundos alienígenas, planetas pitorescos e déjá-vu’s argumentados nas telas de cinema. Pandora é um lugar psicadélico, repleto de vegetação fluorescente, com uma flora de encher os olhos e uma fauna hostil, bem ao estilo de "Jurassic Park". A analogia com os índios do continente americano é evidente, relegando-nos de imediato para um antigo western ou para o recente "Apocalypto". O desenvolvimento da história resume-se à ambição desmedida e ganância do ser humano em relação aos recursos naturais do planeta, e de certa forma o enredo remete-nos para a prática colonialista, comum a séculos de história e a contínua destruição de habitat e meio ambiente causadas pelo Homem. A missão do protagonista visa controlar um organismo artificial e infiltrar-se na tribo de habitantes indígenas, ou alienígenas, como queiram, criando um vínculo com estes seres de três metros, aspecto felino, pele azulada, cauda e orelhas pontiagudas. Associar Avatar a filmes como "Dances With Wolfs" e "Matrix" não deixa de ser engraçado. O argumento tem algumas inconsequências mesmo com a notável criação da espécie e cultura Na’vi (ai o que nós poderíamos aprender com eles!), a acção entra depois num diabólico carrossel de efeitos especiais bem à moda de "GI-Joe"… alto que já estou a revelar a ponta do iceberg e não quero aumentar o rombo ao "Titanic"! Com a técnica aprimorada de James Cameron e o excelente trabalho da equipe de efeitos visuais, a tecnologia 3D coloca-nos dentro da cena com um realismo tal que nos deixa pregados à cadeira durante quase três horas. Aqui, sem serem visualmente evasivos, os efeitos em terceira dimensão foram criados em função da narrativa e são tão singelos que surgem naturalmente. Depois do que vi e à parte do facto de ter ficado com os olhos irritados, gostaria que houvesse uma sequela do filme, só pelo simples gosto de conhecer um pouco mais daquele fascinante povo e planeta.

2 comentários:

Teté disse...

Ando para ir ver esse filme - e não, não sou grande apreciadora de FC - mas ainda não houve oportunidade. Mas está na lista... ;)

Beijocas!

Gata Verde disse...

FELIZ ANO 2010!!

Beijinhos